segunda-feira, 24 de maio de 2010

Acordo nuclear Brasil, Irã e Turquia cria confiança no mundo


A mídia que faz oposição e os partidos que são oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram de tudo para desqualificar o papel do Brasil na negociação com Irã. Todos apostavam — inclusive os Estados Unidos – que o Brasil não seria capaz de produzir tal acordo. Pensando assim, não mexeram uma palha para não atrapalhar a viagem do Lula àquele país, pois tinham certeza que não sairia o acordo. Portanto, sendo um fracasso, as manchetes do dia seguinte seriam críticas severas a política externa do Brasil.
Pois bem, o acordo saiu. As manchetes do mundo dizem que Brasil, Irã e Turquia celebram acordo, o mesmo que o Estados Unidos tentou em novembro de 2009 e não conseguiu. Diante disso, as manchetes dos jornais de oposição, que estavam prontas, tiveram que mudar. Foi aquela correria para arrumar algumas justificativas para desqualificar o presidente Lula e a política externa. Hillary Clinton, secretária de Estado norte-americana, no dia seguinte, diz que havia acordo dos membros do Conselho de Segurança da ONU para mais sanções ao Irã, sem respeitar o prazo firmado de que em uma semana o Irã enviaria por escrito aos órgãos competentes.
A atitude dos Estados Unidos era tudo que a oposição e parte da mídia brasileira queriam para atacar Lula. Para desqualificar o presidente, dizem que foi “ingênuo”. É a mesma tentativa de desqualificação que vem desde quando venceu a eleição em 2002 e tomou posse em janeiro de 2003. A oposição sempre apostou no desastre e agora está sem discurso.
Voltando ao acordo com o Irã. Vejam que surpresa descobre-se agora: menos de duas semanas antes de ser fechado o acordo nuclear Brasil-Turquia-Irã, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou, em carta endereçada ao presidente Lula, que o acerto da troca de combustível nuclear com Teerã criaria confiança no mundo. É esse mesmo acordo que, um dia após ser concluído e sacramentado pelos presidentes do Brasil e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, mais o chefe do governo da Turquia, premiê Recep Tayyip Erdogan, os EUA passaram a receber com ceticismo e a bombardear.
Os Estados Unidos chagaram ao ponto de apresentar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, mantê-la e batalhar por sua aprovação e a fazer ouvidos moucos aos pedidos brasileiros para que respeitem os termos do entendimento. A agência Reuters recebeu trechos da carta enviada por Obama a Lula há 15 dias e, na esteira dela as demais agências de notícias e toda a mídia divulgaram o documento.
As perguntas que se deve fazer, então, são: por que Obama mudou de posição tão rapidamente? Apostava no fracasso do presidente Lula, estava sendo informado pelos tucanos e seus diplomatas? Não aceita um novo ator e parceiro no tabuleiro da política internacional? Ou finalmente passa recibo — ainda que indiretamente – e quer aplicar sanções para inviabilizar o desenvolvimento do Irã e sua transformação na única potência média na região e no Oriente Médio, numa força de contenção ao expansionismo israelense?
O presidente Lula disse, de volta ao Brasil, que tem gente que só sabe fazer política tendo inimigos e que somos diferentes, fazemos políticas construindo amigos. O Brasil agiu como o país tem agir, contribuindo para que a paz no mundo seja o objetivo de todos. Esse é o interesse de todos os povos.

Artigo do Presidente do PT de Sorocaba: José Carlos Triniti Fernandes

sábado, 8 de maio de 2010

Só com o Corinthians mesmo


Tem coisas se acontecem com o Corinthians mesmo. Depois de um primeiro tempo perfeito, eis o detalhe de mais uma desclassificação. O fim da história ainda não chegou e o recomeço já tá virando marca do timão.
Tudo é mais difícil, mas sempre com mais emoção.
Agora que venha a Copa. Pra esquecer mais essa Libertadores já to pensando em pintar a rua de verde e amarelo, mas uma pergunta fica. Será que torcer pra seleção do Dunga será mais dificíl do que foi com o time do Mano. Quero acreditar que não.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Dias que marcam


Hoje é exatamente aquele dia propício para a eternidade. Um sofrimento diferente, ardente, que mexe com todos os sentidos ao mesmo tempo. Um sentimento difícil de se libertar.
Não tenho dúvidas de que o corintiano é movido por tabus e a Libertadores é o maior de todos os tabus. Depois das quebras dos tabus da vitória sobre o Santos de Pelé e do inesquecível título de 77, por mais que nem vivo era, o maior desafio da vida de qualquer corintiano é ganhar a América.
Já trazemos diversos craques, montamos times memoráveis que fizeram história e ainda temos uma das maiores torcidas de futebol do mundo, mas nunca superamos a "cordilheira da Libertadores". E como se não bastasse tudo isso, quando temos o maior artilheiro de todas Copas jogando no timão, eis que trombamos nas oitavas justamente com aquele que "era" o time de coração dele. Com uma gordura fenomenal, capaz de nos remeter aos memoráveis sábados de futebol masters na rede Bandeirantes, Ronaldo é uma marca de superação. Driblar dificuldades e dar nó na opinião pública sempre foram as marcas desse craque e nenhum perfil combina mais com a angústia corintiana. Pena que existe a desconfiança.
Se o Corinthians superar o Flamengo naquele que será o clássico mais importante da história do confronto entre as duas maiores torcidas de futebol do mundo, certamente, os corintianos ganharão asas para superar a montanha.
Mas caso o Corinthians não consiga a classificação, ficará, mais uma vez, um sentimento amargo da perda. Mais um fim do sonho, que só alimenta o tabu e a paixão. A diferença do corintiano é sofrer, tendo consigo a adoração pela arte e ser parte do que resta de romantismo no esporte e no mundo.
O lado bom disso tudo é saber que um dia o meu time do coração, o Corinthians, irá se libertar do tabu e se vivo estiver presenciarei um dos momentos mais felizes e inesquecíveis de minha vida, uma explosão de alegria única, singular na história. Por isso, mais que ganhar, viver é preciso.

sábado, 1 de maio de 2010

STF dá mau exemplo



30 de abril de 2010

Ao liberar todos aqueles que praticaram atos de tortura durante o regime militar, o STF deu mau exemplo. Agora, o Brasil se posiciona na contramão do que têm feito vizinhos como Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile — países que também tiveram sua história recente marcada por ditaduras.

Aliás, início do julgamento no STF ocorreu apenas uma semana depois que a Justiça argentina optou por condenar o último presidente da ditadura militar do país, Reynaldo Bignone, a 25 anos de prisão.

Mas o STF preferiu o mau exemplo. Tão mau que, neste momento, o Brasil pode ser condenado em Corte Internacional.

Confira reportagem de Andréia Henriques, do Última Instância:

Brasil pode ser condenado em Corte Internacional por anistiar torturadores

Andréia Henriques

BRASÍLIA – A discussão sobre o perdão que a Lei de Anistia brasileira, de 1979, concedeu aos agentes da repressão da Ditadura Militar (1964-1985) pode ter acabado no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas o caso está longe de ser encerrado. O Brasil pode ainda ser condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por manter o entendimento de que os sequestros, assassinatos e torturas cometidos por agentes do estado durante o regime militar foram perdoados e esquecidos com a Lei 6.683. Essa condenação, inclusive, pode ocorrer ainda em 2010.

Fonte: site oficial do deputado federal Paulo Teixeira-PT/SP
http://www.pauloteixeira13.com.br/