Uma das melhores traduções do que é viver na selva de pedra é essa música cantada pela Zélia Duncan. Ao tirar do armário alguns textos lidos ainda nos tempos das madrugadas paulistanas, lembrei um pouco da contradição de sentir solidão cercado de gente pra tudo que é lado. A cidade grande deixa a gente pequenininho. Uma das coisas mais gostosas que São Paulo pôde me oferecer foi uma janela aberta em um prédio alto no início da madrugada. Coisa de caipira.
Bom, hoje acho que gosto mais da Zélia Duncan do que da Capital.
A noite paulistana transpira uma diversidade cultural única. Uma mistura diferente que deixa a cidade mais legal, mesmo dentro de um apartamento. Quando São Paulo for uma cidade menos conservadora, talves os dias possam virar noites e as pessoas descobram que as paredes que separam os apartamentos podem ser quebradas.
Zélia Duncan - Lá Vou Eu
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